A luta antimanicomial e a inclusão das pessoas com transtornos mentais

Por Bruno Silva, Analista de Educação Inclusiva do Senac em Minas

A luta antimanicomial é um movimento que busca transformar o modelo assistencial de saúde mental, que historicamente tratou as pessoas de forma desumana, muitas vezes via internação em hospitais psiquiátricos.

Apesar dos avanços, ainda há muitas barreiras a serem enfrentadas na inclusão social das pessoas com transtornos mentais. Uma delas é a questão financeira, que muitas vezes coloca essas pessoas em condição de vulnerabilidade socioeconômica.

Não são raros os casos em que a falta de oportunidades de emprego, a discriminação e o preconceito afastam essas pessoas do mercado de trabalho. Como consequência, muitas vezes elas não têm como se sustentar e acabam dependendo de benefícios do Governo.

O acesso à moradia também é um desafio. Pessoas com transtornos mentais muitas vezes se veem sem condições de arcar com um aluguel, e acabam vivendo em situações precárias de moradia, como em alojamentos, pensões ou até mesmo nas ruas.

Apesar das políticas públicas de saúde mental, o sistema ainda não é capaz de atender adequadamente todos os indivíduos que necessitam de atenção, dificultando tratamentos por falta de profissionais e infraestrutura adequados.

Para a inclusão plena das pessoas com transtornos mentais na sociedade, é necessária a implementação de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades e o respeito aos direitos humanos. Um trabalho conjunto entre governos, iniciativa privada, sociedade civil e as próprias pessoas com transtornos mentais, para que sejam superadas as barreiras que impedem a inclusão social delas.

É importante destacar que a luta antimanicomial é uma luta em defesa da vida e da dignidade humana. É uma luta por uma sociedade mais justa e igualitária, que respeita e acolhe a diversidade humana em todas as suas formas.

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