Transição de carreira após os 50 anos
Especialistas destacam desafios e vantagens do candidato
De acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Previdência, atualmente pessoas acima dos 50 anos representam apenas 17% da força de trabalho no Brasil. Porém, esta situação tende a mudar porque a estrutura etária do país está se alterando. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2060, os indivíduos acima dos 60 anos devem totalizar 25,5% dos brasileiros.
Com o envelhecimento gradual da população, se o percentual de pessoas mais velhas empregadas não aumentar, o país poderá sofrer com falta de mão de obra. A necessidade de se manter ativo no mercado de trabalho após os 50 anos, ou iniciar uma nova profissão, será cada vez maior.
Guilherme Lima Monteiro, analista do Rede de Carreiras, aponta qual é o perfil de quem busca fazer uma transição de carreira, a partir dos 50 anos. “São profissionais que foram desligados de empregos anteriores e já não conseguem atuar em suas áreas de formação originais. E também aqueles que atuaram por um longo período em determinada área e hoje gostariam de novos desafios, novos ares”.
Daniele Assis, psicóloga e também colaboradora do Rede de Carreiras, destaca os principais desafios e vantagens para quem passa por esse processo. “As principais vantagens são conhecimentos e competências adquiridos em sua trajetória profissional, como resiliência, foco, trabalho em equipe, disciplina, dentre outros.”
Já dentre os desafios estão o dinamismo e grande competitividade entre os profissionais do mercado; as novas tecnologias, os conflitos geracionais e novas metodologias de trabalho que este profissional precisará se adaptar. Além das novas competências que são exigidas pelo mercado de trabalho.
Daniele e Guilherme ressaltam que dar oportunidades a trabalhadores mais maduros pode trazer benefícios ao ambiente de trabalho das empresas. São profissionais que possuem uma grande bagagem de conhecimentos e soft skills que foram desenvolvidas ao longo da trajetória.
É sempre tempo de aprender e mudar
A psicóloga evidencia que a capacidade de se reinventar é uma característica essencial, não só para quem tenha passado por uma transição de carreira, mas para todos os profissionais. “O mundo vive em constante evolução, por tanto, é necessário que sempre estejamos preparados para as novas tendências de mercado, sendo assim é fundamental que o processo de aprendizagem seja contínuo em qualquer idade.”
Para realizar uma transição de carreira bem-sucedida, Guilherme enfatiza alguns pontos que devem ser priorizados pelos profissionais: autoconhecimento, planejamento (estabelecendo metas atingíveis, a curto e médio prazo), pesquisar sobre as áreas no qual deseja atuar e resiliência para lidar com os desafios.
Para trabalhadores e trabalhadoras, de todas as idades, que têm interesse em mudar a trajetória de sua carreira, o Rede de Carreiras oferece apoio gratuito por meio da Orientação Profissional. Para marcar um horário, basta criar o cadastro no site www.rededecarreiras.com.br, realizar o login e clicar no menu Consultoria de Carreiras.