Gestão de Projetos: agilidade para os novos tempos
Em um ambiente de mudanças cada vez mais aceleradas e competitividade crescente, torna-se ainda mais importante a capacidade de visualizar cenários futuros, desenvolver planejamentos estratégicos mais assertivos, investir em novas metodologias para projetos ágeis e explorar a inteligência emocional dentro das empresas. Atender a esse conjunto de requisitos é fundamental para se ter agilidade na tomada de decisão e, consequentemente, otimizar os resultados da organização.
Se o planejamento é a arte de prever o futuro, então, é também a chave para a assertividade em relação à estratégia das empresas em relação ao mercado, afirma o professor do MBA Senac, Cyro Vasques. O especialista diz, ainda, que os ciclos de vida dos projetos e produtos nas instituições, atualmente, estão cada vez mais curtos, fazendo com que a complexidade também aumente. Nesse contexto, os projetos devem atender ao valor do que é procurado pela empresa e pelo mercado.
Outro fator importante é realizar o gerenciamento de projetos considerando o nicho e a atuação dos produtos no mercado, além da abordagem da empresa: tradicional ou por meio de metodologias mais ágeis. No enfoque tradicional ou preditivo, o produto está alinhando ao mapa estratégico da organização. Nesse método, no qual as mudanças são mais controladas, é possível pensar no planejamento para a entrega dos produtos no início do ciclo de vida do projeto. Já as metodologias para projetos ágeis, como Scrum, KanBan ou Lean, caracterizam-se pelo planejamento mais curto, o que auxilia na reação às mudanças do mercado e atende às necessidades em etapas, entregando valores ao longo do tempo.
Uma pesquisa realizada pelo PMI em 2017 revelou que as empresas globais perderam US$ 97 milhões devido à gestão ineficaz de projetos no ano de 2016. Dessa maneira, as novas metodologias de gestão de projetos podem ajudar a minimizar essas perdas. Vasques cita cinco fatores que podem contribuir para a recuperação das entidades:
1 – Investir em talentos, na capacidade de conhecimento e nas habilidades dos profissionais.
2 – Definir os objetivos com a implementação do projeto; não basta atender custo e prazo e não entregar o valor e o benefício esperados pelo mercado.
3 – Ter um escritório de projetos estratégico que seja diretamente ligado à alta gestão do projeto e esteja alinhado ao mapa estratégico.
4 – Contar com a participação do patrocinador; quanto mais próximo aos projetos, melhores serão os resultados para a empresa.
5 – Ter agilidade. As novas metodologias para projetos ágeis vieram para ficar e ajudam a lidar com o dinamismo do mercado.
Além de ferramentas e metodologias diferenciadas, os novos tempos também exigem profissionais ainda mais preparados. Na gestão de projetos, a inteligência emocional para os gestores tem sido cada vez mais importante. “O gestor de projetos, hoje, tem tido a necessidade de agir como um gestor colaborativo, que visa aproveitar de cada profissional o que ele tem de melhor e deixar que essas equipes auto gerenciáveis, de fato, se organizem e entreguem o produto de valor”, afirma Vasques.
Diante das questões que envolvem a gestão de relações humanas, o professor do MBA Senac, Daniel Marques, frisa que em projetos que fracassaram, provavelmente, não houve a participação efetiva do líder atuando como tal. “Problemas existem e a maioria deles envolve pessoas. Um bom líder assume esse papel porque é capaz de gerir pessoas e essa é, de fato, a chave para o sucesso de qualquer projeto e um plano colocado na empresa”, aponta.